segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pronto. Ficou zangado. Criança mimada batendo com os pezinhos no chão... Fazendo pirraça...Você sabe muito bem que me incluo quando me remeto a “tarefas inúteis”. Qualquer ser humano, mesmo o mais samaritano de todos, não passa de um servo inútil. Aprendi com madre Agnes no colégio de freira onde você deveria ter sido matriculado para deixar de ser tão rude e arrogante quando quer.

Abra em Lucas, meu querido, capítulo 17, versículos de sete a dez. O trecho termina literalmente assim, conforme tradução da Vozes: “Somos escravos inúteis. Fizemos apenas o que tínhamos de fazer”.

Não se esqueça de que sou uma mulher como todas as outras, Tony. “Toda mulher quer ser amada/ Toda mulher quer ser feliz / Toda mulher se faz de coitada / Toda mulher é meio Leila Diniz!” Graaande Rita Lee.

Não. E não pense que penso que daqui para frente tudo vai ser diferente porque você não tem cura, ouviu bem? Você não entende naaada! Não sei porque ainda insisto em acreditar que você possa me enxergaaar! Não, você não é capaz disso, Tony. Sabe por quê? Porque você se perde nesses redemoinhos de projeções sobre mim: a fria, a calculista, a não sei mais o quê.

Vê se me enxerga! Pelo menos uma vez na vida!

Pelo amor de Deus.

Dolores.

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