quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Jamais me orgulho da função que uma pessoa ocupa. Orgulho-me – antes, sim – de merecer seu amor, sua amizade, seu afeto. Isto pode soar piegas vindo de mim, não? Ou pior: falso. Mas é a mais pura e cristalina verdade. No seu caso, sempre enxerguei seus trabalhos mais como hobbies do que propriamente vocação. Você já assumiu tantos cargos nos mais variados setores... Se bem que sinto um “a mais” no seu interesse por aviões e, mais especificamente, em pilotá-los. Todos precisamos de um sentido na vida, afinal. Ainda que seja o de pilotar aviões, diria a lacrimejante Mayume.

Homens não foram feitos para ficar em casa. Mofam. Viram um encosto. Daí minha predileção por suas ausências, Tony – voluntárias ou não. Nós, mulheres, é que somos as guardiães da lareira, enquanto os voluntariosos Hermes negociam dinheiro nas encruzilhadas. Homem caseiro ou é atormentado ou efeminado. Ponto. Se bem que essa minha crença pode ser apenas uma grande bobagem, retratando a forte influência dos seriados norte-americanos na psique da mulher latina. Como “Perdidos no Espaço”, por exemplo: as mulheres do filme nunca saíam da nave espacial. Ai. Deleta.

Não comentei nada antes sobre suas músicas porque sua ânsia em conhecer minha opinião a respeito me irrita profundamente. Só ratifica uma insegurança infantil que não combina nem um pouco com você, meu querido. Mas, tudo bem. Se você precisa dar um “up” em sua auto-estima por conta disso, que seja.

A primeira vez que ouvi “Foda-se se a platéia está gostando do meu blues”, pensei lisonjeada: ele fez pra mim. Você não é amador em nada que se meta a fazer, amor. Nada nada nada. Como um bom Hermes.

Beijos adocicados. Dolores.

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