sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Já tive cura e alta de todos os dramas afetivos desta vida, meu bem. Logo, não faz o menor sentido quando você roga a praga "você não tem cura Tony". Mesmo porque você não é uma doença, mas uma mulher. Completa por sinal. Mas foi só eu abrir a portinhola da jaula e soltar a jaguatirica que você vem se defendendo (atacando) como se estivesse diante de um leão enfurecido, tomado de raiva, salivando ódio. Leão que você inventa, como o Leão da Metro, querida. Uma imagem, esta sim a tal psicanalítica projeção que você me acusa de ter feito quando eu escrevi o que penso de você. Eu e o resto do sistema solar.

Minha querida, pare de correr atrás desse belo rabo. Você vai acabar cansando e deitando como uma coelhinha na frente de todo mundo. Gostei da citação bíblica. Não a conhecia e achei dura e bela, como tudo que o melhor livro já escrito revela em suas páginas. Com relação à criança mimada batendo pezinhos no chão, se foi para me ofender foi tiro de pólvora molhada porque toda a humanidade vive mimada batendo pezinhos. Cada um à sua maneira. Por quê? Ora, Dolores, o ser humano nasce, vive e morre carente. E a carência é a prima mais próxima do mimo. A sua resposta, irracionalmente furiosa, também foi de uma garotinha tola que ninguém tirou pra dançar no baile e ficou chupando o dedo no cantinho escuro. A princípio. Depois, a vingança. Com aquela cor que a vingança tem. E não adianta, Dolores. Quanto mais irritadinha, digo, irritadiça você fica, mais o fogo da paixão me incendeia. A sua irritação é como gasolina na minha lareira emocional.

Você me xinga de rude e arrogante. Mais uma vez recorro ao povo. Pergunte ao povo que convive conosco quem de nós dois é medalha olímpica nesse quesito. Ah, esqueci que quem convive conosco também tem pacto com a omissão social e não vai dizer a verdade para evitar supostos problemas. Com você ou comigo. Não adianta recorrer à democracia nessas horas. Logo, fica valendo a sua ofensa porque você atirou primeiro? É a lei informal. A mim cabe a defesa: você às vezes não me conhece. Rude sim, arrogante jamais. Arrogantes não agem como eu ajo com você e com a vida de um modo geral. Orgulhoso? É provável que seja um pouco, mas perto de você sou um estagiário em seu primeiro dia de trabalho. Agora eu pergunto: dá pra gente parar de se machucar? Quem irá hastear a bandeira branca primeiro? Tony.

Um comentário:

  1. Ja´tive cura e alta de todos os dramas afetivos desta vida, meu bem.

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    Eu ainda não tive a cura,a alta ainda está por vir. No momento estou sequelada.

    Adoro esse blog. Fato.

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