sábado, 7 de novembro de 2009

Estou certa de que a Dolores do sonho é você, meu amor. Do pouco que sei sobre universo onírico, posso afirmar sem vacilações que os sonhos, afinal, são apenas nossos desejos projetados. Tolinho. E isto me leva à certeza subseqüente: a de que o seu sonho está mais para “homem-hóstia” do que para “Dol, gostosona do povo”. Hahahaha! Mas confesso que gostei do imaginário a mim associado. Taí. Um sonho e tanto! Sinto-me lisonjeada.

Dessa vez nem me importei de ser chamada de Dol. Mas só dessa vez. E, por favor, poupe-me do seu cinismo crônico disfarçado de inocência. Você sabe muito bem que não gosto de ser chamada de Dol porque me remete ao tempo em que precisei trabalhar de bilheteira no... bem, você sabe.

No mais, como poderia esquecer o bendito disco do Rogério Skylab? Me diga, como? Aquele sujeito maluco – como todo funcionário público que se preza (não importa se é ex, uma vez sendo, sempre será) – que canta música de uma frase só com cara de surtado recém-saído do hospital. Guardo-o com carinho, apesar do histórico pouco ou nada recomendável. Para mim, pelo menos. Tem quem goste. Fazer o quê.

Mas engraçado você vir agora com esse papo de tríplice pé na bunda. Engraçado e fora de hora! Que coisa velha, Tony, cheirando a mofo. Esquece de dizer, no entanto, que minha bota de bruxa foi certeira na sua bunda por causa daquela pernóstica de olho esticado metida a garota de programa. Só queria chupar seu sangue e você todo amiguinho. Ah, era o mínimo! Devia dar-se por satisfeito de, mesmo assim, eu ter aceito retomar nosso confuso e adorável roteiro. E quer saber? Não senti nem um pouquinho de dó de você ter em seus braços uma menina que não era eu. Foi você mesmo quem quis, amor. A escolha foi toda sua.

Dissimulada fica por sua conta. Tá? Desejei você, mesmo sem fazer “aquelas coisinhas”, porque fetiches não devem ser cobrados, muito menos forçados. Requer acordo. Aquiescência de ambas as partes. Esqueceu?

Ah, e antes que eu me esqueça. Jamais me pergunte. Eu não teria a resposta.
Beijos. Dolores.

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