domingo, 27 de dezembro de 2009

Está difícil de acreditar, mesmo com amor. Mesmo com saudade e desejo impensado de resgatar essa história, seja em que ponto do inferno ela esteja. Ás vezes bate preguiça, Tony. De começar do zero... uma nova tentativa. Mais uma.

E o perigo é esse mesmo: acostumar com a solidão, mesmo com amor.

Habituar-se a acordar no silêncio das manhãs de você com você mesmo... tomar o café calado, enquanto lê apático as mesmas velhas últimas notícias do jornal. Ou simplesmente reler os clássicos que o encantaram tanto na juventude e que hoje não passam somente de mais uma saudosa leitura. Bom reler os clássicos. Mas como resgatar o entusiasmo das letras belas, porém conhecidas?

Já vi esse filme tantas vezes.

Não acredito mais na possibilidade de ser feliz ao seu lado. Ou, talvez, não acredite mais na possibilidade de acreditar na possibilidade de ser feliz ao lado de quem quer que seja.

Talvez eu devesse só me concentrar nisso: em dançar. Aperfeiçoar minha técnica. Cada vez mais. Abrir uma escola. Passar meu conhecimento para a nova geração...

Esquecer de vez essa mania que as mulheres têm de querer ser a mulher de um homem.

Aprender a ser só. A acordar só. A tomar o café da manhã sozinha.

Aprender a ser. Só ser.

Beijos. Dolores.

3 comentários:

  1. Bom acordar e ler um texto bem escrito.


    Parabéns e bom dia!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Aprender a ser definitivamente..
    Aprender a ser constantemente,
    só aprender!
    Ser só em defitinivo é doído Dolores.
    Basta ser , basta se encontrar no UNO para estar só.
    Ser só nos dias de hoje é bastante doloroso.

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