terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Deus, será este o sinal: o homem da minha vida me dará flores no primeiro encontro. Ok? (O trato firmado com o Todo-Poderoso uma semana antes de nos encontrarmos naquele bar). Lembra? É, meu caro Tony. Uma rosa vermelha. Linda. Aveludada e fresca. “Para combinar com o seu vestido”, você disse. Na verdade, com a cor de minha calcinha que, até hoje, não sei como descobriu. Como conseguiu ver! Precisou de certo tempo para sentir-se à vontade e confessar que o vermelho das pétalas nada tinha a ver com o meu longo de festa.

A essa altura também, os motivos cromáticos de sua gentileza já nem me importavam muito, Tony. A essa altura, meu querido, eu já estava completamente apaixonada. Radiante por estar ao lado do meu homem. O escolhido. Fruto de minha ligação direta com o Amor Eterno.

Mas foram tantos os desvarios... repetidas e viciadas delinquências... sim, fomos ficando fragilizados com isso.

E, hoje, fico a me perguntar se a ilusão de uma súplica atendida não acabou sendo o escudo protetor de nossa história.

Sem ela, será que teríamos sobrevivido a inúmeras e sufocantes crises? Ou estarei subestimando nosso afeto?

Estou?

Beijos. Sua sempre,
Dolores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário