domingo, 27 de dezembro de 2009

Chegará o dia em que vou ouvir a porta da sala abrir de um jeito que só você sabe. Vou sentir seus passos, pés descalços, caminhando em direção ao quarto como que desbravando minhas relvas. Na cama, entregue a preguiça, fecharei os olhos simulando sono profundo só para ter o prazer de senti-la de volta, perceber seus movimentos ações, requinte. Você vai mexer em minhas coisas, com cuidado para não me "acordar". Mexer com carinho, cheirar minhas roupas, minha guitarra encostada no armário. Matando a saudade de peças que foram e são tão importantes em nossas vidas. Dolores, eu a quero de volta para viver plenamente esse amor que sinto por você, capaz (por que não?) de aliviar seus olhos secos. A meu ver, de solidão. Eu a desejo de volta porque com você as músicas parecem mais belas, o sol, as estrelas, a lua, o mar, todo o Universo se torna mais intenso.

Sentir o que sinto agora é maior, muito maior, do que qualquer elocubração teórica sobre nós. Não quero mais teorizar nada. Quero seguir meu destino lado a lado com o seu e sorver a energia da felicidade possível e não idealizada. A felicidade possível está em nossas mãos, mas muitas vezes o pensamento e suas vãs teorias atrapalham, tumultuam, amplificam o não positivo. Tudo isso para dizer que desejo muito retomar nossa história. Está difícil viver longe de você. Beijos, Tony.

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