
Quando voltamos para casa, em silêncio no táxi, tive o ímpeto de perguntar "em que você está pensando?", mas a presença do motorista me inibiu. Ele poderia achar que sou um homem controlador, fascista afetivo, essas coisas, e não apenas momentaneamente curioso. Você levava nas mãos um buquê de flores que comprei daquele sujeito que ficava ao lado do vendedor de algodão doce. "Tony, sua elegância me comove", você disse. Fiquei sem jeito, perguntei se iria chover e acariciei seu ventre. Aí, durante a semana, o fato novo. Você decidiu tirar a pipa do ar e, com ela, meus sonhos, perspectivas, aquela blá blá blá todo. Prometi te compreender, te entender, acompanhar seu raciocínio. Tentei, mas....não deu. Beijos.
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