segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


Afetos não se encerram... De onde tirou isso, Tony, do hino à bandeira? Haha. Afetos mudam, viram outra coisa, mas não encerram, meu caro. Não, mesmo. O sinal indelével do que se viveu com a intensidade que nós vivemos fica. Fica, meu amor. Em algum canto esquecido da casa. No porta-luvas do carro... na emoção repentina de te ver sem ser vista... Entenda como queira. Mas, fica.

E, um dia, sem que estejamos procurando... enquanto organizamos papéis dentro do armário ou catando uma lanterna enguiçados na estrada, ele pula diante de nossos olhos feito uma aparição. Uma estrela. Um milagre.

Só os verdadeiros amantes encontram o que não buscam sem almejar. Só amantes como nós ultrapassam a vastidão do tempo não contado da própria história. A lógica, a moral do mundo que jamais abraçamos.

Essa história não cessa nem mesmo quando acaba, honey. Essa história não cessa nem quando nos afasta. Essa história não cessa, meu bem.

Essa história não cessa.
Sua, Dolores.

3 comentários:

  1. Adorei isso: "essa história não cessa nem quando nos afasta". E eu fico me perguntando, acaso Dolores encontrasse um outro Tony, se a história com Tony terminaria. Sei que há algo que realmente não termina - a Dolores depois de Tony nunca será a mesma de antes de Tony -, mas além dessa presença que se torna imanente, algo mais também ficaria não importa com quem Dolores viesse a estar?

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  2. É bom saber que aquela angustia de observadores sem noticias não foi em vão... obrigado por voltarem, até do Tony sem ti saudades.

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  3. Ando cansada de uma história mais ou menos parecida que permeia minha vida há 20 anos. Por enquanto o afeto está suspenso.
    Acho que dessa vez acabou.

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